Turnê de Taylor Swift no Rio é marcada por mortes e assaltos PEJAKOMUNA

RIO DE JANEIRO (AP) – A morte de duas pessoas, assaltos e uma perigosa onda de calor deixaram legiões de fãs brasileiros de Taylor Swift furiosos e decepcionados na etapa de três dias no Rio de Janeiro da Eras Tour da superestrela pop, que termina na noite de segunda-feira.

Gabriel Mongenot Santana Milhomem Santos, 25 anos, um fã que viajou da região centro-oeste do país para ver Swift, foi morto a facadas na praia de Copacabana por volta das 3h de segunda-feira, informou a polícia do Rio em comunicado.

Foi a segunda morte de um fã de Swift em quatro dias. Na sexta-feira, Ana Clara Benevides Machado, de 23 anos, passou mal durante o primeiro show da cantora na cidade e faleceu ainda naquela noite em um hospital.

Os fãs também relataram desmaiar devido ao calor extremo, serem assaltados ou apanhados em uma operação policial.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio disse que Benevides, que, segundo um amigo, desmaiou durante a segunda música de Swift, “Cruel Summer”, sofreu parada cardiorrespiratória, mas a causa exata de sua morte ainda não é conhecida. O Instituto Médico Legal do Rio examinou o corpo no sábado e disse que exames laboratoriais adicionais deveriam ser realizados, informou o site de notícias online G1.

Em comunicado postado no Instagram, Swift disse que a morte de Benevides a deixou com o “coração despedaçado”.

Fãs da cantora Taylor Swift fazem fila do lado de fora do Estádio Olímpico Nilton Santos antes do show de Swift, “Taylor Swift: The Eras Tour”, em meio a uma onda de calor no Rio de Janeiro em 18 de novembro de 2023. Tercio Teixeira/AFP/TNS

Antes do show de sexta-feira, os torcedores fizeram fila por horas do lado de fora do Estádio Olímpico Nilton Santos, onde as temperaturas subiram para 41 graus Celsius (105 Fahrenheit), com um índice de calor de quase 59 C (138 F). Dentro do estádio, os espectadores queixaram-se do calor insuportável e alguns disseram ter dificuldade em ter acesso à água.

“Não imaginei que meu sonho pudesse se transformar em pesadelo”, disse a torcedora Kléssia Menezes, que disse à R7 TV ter ficado presa com centenas de outras pessoas em uma das rampas de uma área VIP no sábado, enquanto seguranças bloqueavam o acesso. Entrada.

Assim que a segurança os deixou passar, disse ela, as pessoas começaram a correr e ela caiu em um chão metálico quente que queimou sua perna e costas.

“Levaram-me ao médico… e vi que não fui a única pessoa a cair neste caos”, disse ela. “Muitas pessoas caíram e se queimaram.”

No final das contas, o show daquela noite foi adiado, depois que dezenas de milhares de fãs passaram horas fazendo fila no calor. Swift anunciou no Instagram que era necessário “devido às temperaturas extremas no Rio”.

Uma fã que se identificou como Julia Alvarenga disse que ficou chateada porque Swift não decidiu cancelar antes.

“Meu amigo, você consegue ver o quanto estou suando, como todos os poros do meu corpo estão dilatados por causa do suor?” Alvarenga perguntou, visivelmente irritado, em um vídeo postado no X, antes conhecido como Twitter. Ela então apontou para a cintura, destacando as medidas extremas que tomou para assistir a um show para o qual sabia que ficaria horas na fila. “Estou de fralda, uma fralda geriátrica”, diz ela, incentivando o artista a aparecer. “Venha para o palco, quero ver você!”

O adiamento foi seguido de caos fora do estádio. Sob uma chuva fraca, uma massa de espectadores deixou a área, que fica perto de um dos bairros da classe trabalhadora do Rio, conhecidos como favelas.

Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram grupos de batedores de carteira roubando seus pertences de torcedores, cenas não tão incomuns para os cariocas, mas longe dos cartões-postais que muitos turistas viram da “cidade maravilhosa”.

Muitos se refugiaram dentro de um Burger King, escondendo-se sob as mesas e atrás do balcão da cozinha. Policiais fortemente armados invadiram o porão do restaurante de fast food enquanto sirenes tocavam e os que estavam presos do lado de fora do restaurante gritavam. Alguns dos que conseguiram escapar em táxis foram cobrados a mais pelos motoristas.

O show de sábado foi adiado para a noite de segunda, mas muitos que haviam viajado de outras regiões do Brasil e de fora do país já haviam planejado sair mais cedo.

“Não conseguiremos sobreviver”, disse Hely Olivares, um venezuelano de 41 anos que viajou do Panamá. “Muitas pessoas desperdiçaram sua jornada.”

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