BAGDÁ (Reuters) – Forças dos EUA foram atacadas em uma base aérea a oeste de Bagdá nesta terça-feira e uma aeronave militar dos EUA respondeu em legítima defesa, matando vários militantes apoiados pelo Irã, disseram autoridades norte-americanas.
A base aérea de Ain al-Asad foi atacada por um míssil balístico de curto alcance que resultou em oito feridos e pequenos danos à infraestrutura, disseram duas autoridades norte-americanas.
Os Estados Unidos responderam usando uma aeronave AC-130 já no ar e atingiu um veículo da milícia apoiado pelo Irã e vários funcionários envolvidos no ataque, disse Sabrina Singh, porta-voz do Pentágono.
Ela acrescentou que a aeronave conseguiu determinar o ponto de origem e atingir os militantes porque eles conseguiram acompanhar seus movimentos.
Esta é a primeira retaliação pública em território iraquiano aos recentes ataques militantes de drones e mísseis contra as tropas dos EUA, mas Singh disse que houve respostas anteriores que não foram anunciadas.
Até agora, os Estados Unidos tinham limitado a sua resposta aos 66 ataques contra as suas forças no Iraque e na vizinha Síria, reivindicados por grupos de milícias iraquianas alinhados com o Irão, a três conjuntos distintos de ataques na Síria.
Pelo menos 62 funcionários dos EUA sofreram ferimentos leves ou lesões cerebrais traumáticas nos ataques.
Os ataques começaram em 17 de outubro e foram associados por grupos de milícias iraquianas ao apoio dos EUA a Israel no bombardeio de Gaza após ataques do grupo militante palestino Hamas a Israel.
Os ataques contra alvos dos EUA puseram fim a uma trégua unilateral de um ano que facções iraquianas, algumas formadas após a invasão dos EUA em 2003 para combater as tropas norte-americanas e outras em 2014 para combater o Estado Islâmico, declararam com Washington.
Contas de mídia social ligadas às milícias iraquianas alinhadas ao Irã publicaram um comunicado em nome da “Resistência Islâmica no Iraque” lamentando um membro que, segundo eles, foi morto em batalha contra as forças dos EUA na terça-feira, sem dar mais detalhes.
O seu assassinato é a primeira vítima registada no Iraque ligada à guerra de Gaza, que atraiu outras facções da rede de milícias regionais do Irão, conhecida como Eixo da Resistência, como o Hezbollah do Líbano.
Os Estados Unidos têm 900 soldados na Síria e 2.500 no Iraque numa missão que dizem ter como objectivo aconselhar e ajudar as forças locais que tentam impedir o ressurgimento do Estado Islâmico, que em 2014 tomou grandes áreas de ambos os países antes de ser derrotado.
Reportagem de Timour Azhari em Bagdá e Phil Stewart e Ali Idrees em Washington; Escrito por Timur Azhari; Edição de Andrew Heavens, Alexandra Hudson, Chizu Nomiyama e Mark Porter
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